As diferenças no clima já são sentidas no dia-a-dia já de quem vive da terra, da pesca e mantém seu cotidiano ligado à natureza. Estas diferenças puderam ser discutidas e debatidas durante o Seminário Mudanças Climáticas e Desastres – analisando riscos e preparando alternativas locais realizado semana passada em Salvador.
O evento é uma ação do Programa Direito à Terra, Água e Território (DTAT) composto por 13 organizações brasileiras parceiras da organização holandesa ICCO. Organizado pela Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) e da Comissão Pró-Índio de São Paulo o evento é parte da agenda sobre mudanças climáticas do DTAT para 2012 que será realizada com o apoio da ICCO e também da Embaixada Suíça no Brasil e das agências suíças - Terre des Hommes Schweiz e Terre des Hommes Suisse.
O evento é uma ação do Programa Direito à Terra, Água e Território (DTAT) composto por 13 organizações brasileiras parceiras da organização holandesa ICCO. Organizado pela Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) e da Comissão Pró-Índio de São Paulo o evento é parte da agenda sobre mudanças climáticas do DTAT para 2012 que será realizada com o apoio da ICCO e também da Embaixada Suíça no Brasil e das agências suíças - Terre des Hommes Schweiz e Terre des Hommes Suisse.
O programa DTAT, formado por um coletivo de organizações brasileiras que possuem ações no âmbito do direito a terra, água e território, tem promovido desde 2008 discussões e formações nas áreas de comunicação para advocacy e lobby. “O tema das mudanças climáticas é estratégico, pois consideramos que os modos de vida de muitas comunidades tradicionais implicam em impactos positivos sobre sua mitigação. O tema deve ajudar a sensibilizar a sociedade brasileira para a defesa dos direitos destas comunidades, garantidos porém não efetivados”, disse Augusto Santiago, assessore de projetos da Coordenadoria Ecumênica de Serviços (CESE).
As percepções dos participantes que vieram dos estados do Ceará, Pernambuco, Maranhão, Bahia, São Paulo, Pará, Espírito Santo e Piauí, apontam para a mudança nos padrões locais do clima, especialmente das chuvas, sua quantidade e distribuição ao longo do ano. Os participantes também relataram a perda da diversidade de sementes.
No semiárido a intensificação da seca por períodos mais longos preocupa, já na Mata Atlântica e na Amazônia a alternância de grandes secas com períodos de chuvas acima do normal estão entre as diferenças relatas. A influência da monocultura e os problemas fundiários também são identificados como responsáveis pelo acirramento dos problemas.
No semiárido a intensificação da seca por períodos mais longos preocupa, já na Mata Atlântica e na Amazônia a alternância de grandes secas com períodos de chuvas acima do normal estão entre as diferenças relatas. A influência da monocultura e os problemas fundiários também são identificados como responsáveis pelo acirramento dos problemas.
Metodologia
Durante o evento, os convidados conheceram a metodologia Avaliação de Riscos Climáticos (CLID), aprimorada pelas organizações Suíças – HEKS E PÃO PARA TODOS, dividida em módulos que foram apresentados intercalados com exercícios práticos, apresentações e debates teóricos, sobre: Mudanças climáticas, políticas públicas nacionais, discussões sobre desastres e justiça climática e advocacy. “Foi bem interessante refletir sobre o tema a partir de seus possíveis impactos sobre territórios de comunidades tradicionais e de agricultores, bem como sobre a vulnerabilidade dessas populações aos riscos do clima, para ao final sugerir ações para sua mitigação ou adaptação”, aponta Augusto.
Durante o evento, os convidados conheceram a metodologia Avaliação de Riscos Climáticos (CLID), aprimorada pelas organizações Suíças – HEKS E PÃO PARA TODOS, dividida em módulos que foram apresentados intercalados com exercícios práticos, apresentações e debates teóricos, sobre: Mudanças climáticas, políticas públicas nacionais, discussões sobre desastres e justiça climática e advocacy. “Foi bem interessante refletir sobre o tema a partir de seus possíveis impactos sobre territórios de comunidades tradicionais e de agricultores, bem como sobre a vulnerabilidade dessas populações aos riscos do clima, para ao final sugerir ações para sua mitigação ou adaptação”, aponta Augusto.
A metodologia é voltada para uso em comunidades, especialmente as rurais e busca fornecer informações básicas sobre as mudanças no clima. Cada comunidade avalia os possíveis riscos dessas mudanças – por exemplo, ampliação da escassez de chuvas – sobre seus recursos naturais e de subsistência e por fim propõem alternativas para mitigação de suas emissões e adaptação aos efeitos incontroláveis. A metodologia será aplicada em São Paulo, Ceará, Pernambuco e Maranhão. Posteriormente, as entidades que compõem o DTAT irão debater e sistematizar esta aplicação.
Rio +20
Um dos temas debatidos durante o evento foi a Rio +20 e a importância de garantir a participação das organizações comunitárias nesse importante espaço de diálogo e tomada de decisão. O objetivo é incidir neste fórum e dar visibilidade as contradições da economia verde e do modelo atual de desenvolvimento brasileiro. É preciso ter em mente que as comunidades e os povos tradicionais contribuem para diminuir as contribuições do Brasil nas mudanças no clima.
Um dos temas debatidos durante o evento foi a Rio +20 e a importância de garantir a participação das organizações comunitárias nesse importante espaço de diálogo e tomada de decisão. O objetivo é incidir neste fórum e dar visibilidade as contradições da economia verde e do modelo atual de desenvolvimento brasileiro. É preciso ter em mente que as comunidades e os povos tradicionais contribuem para diminuir as contribuições do Brasil nas mudanças no clima.
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